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sábado, junho 29, 2002 Neo Zeitgeist
sexta-feira, junho 28, 2002 Só babacas cultuam um formato de reprodução de música. Neo Zeitgeist
O robô C-3PO é o Dirceu Borboleta interestelar. Neo Zeitgeist
Baby boom! Neo Zeitgeist
quinta-feira, junho 27, 2002 Se a música dos 2 Many DJ's tivesse uma imagem, seria esta. Aliás, o disco começa assim. Ou poderia ser seria algo assim. Aliás, a melhor seqüência do álbum é: Destiny's Child - Independent Women Part 1 10cc - Dreadlock Holiday Dolly Parton - 9 to 5 Röyksopp - Eple Saiba tudo sobre os caras do Soulwax que lançaram As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 _não há parte 1_ no site desses belgas Neo Zeitgeist
Portuguesas tiram a roupa para fazer "mamografia por satélite". Sensacional! Piada prontinha. Neo Zeitgeist
Se você gosta de Pole, ouça Farben. Neo Zeitgeist
Em homenagem ao evento de domingo, ofereço Ascii.Disko. Ouveaqui eaqui. Neo Zeitgeist
Por onde andam os peitos da Gal Costa? Neo Zeitgeist
quarta-feira, junho 26, 2002 Do jeito que alguns cadernos de informática andam, daqui a pouco vai ter matéria de serviço com dicas para ligar o computador. Neo Zeitgeist
Por que em *todos* os jogos do Brasil a vitória *sempre* é "sofrida", "apertada", "suada"? (é a vitória xoxota!, rarara). Esse time de futebol do Brasil parece o melhor do mundo, e esses locutores mexicanos fazem esse dramalhão de quinta categoria ao vivo. Depois de gente que se humilha para servir, a categoria por que mais nutro asco é a desses latinos que acham que tudo tem que ser sofrido, doído e católico para valer a pena. Ô, raça. Neo Zeitgeist
Eu quero ler nos jornais, ouvir nas rádios, ver na TV: FRIO CASTIGA PAULISTANO! Que neve, que o mundo congele, que eu me sinta bem. Neo Zeitgeist
Vintage é o caralho. Neo Zeitgeist
O cabelo do Ronaldo parece a buceta da Vera Fischer. Neo Zeitgeist
terça-feira, junho 25, 2002 The Bays, a banda que não tem disco gravado por opção. Se quiser ouvi-la, tem de ir a um show. E é assim que funciona: no improviso. Tchekiraut. Neo Zeitgeist
Então você não sabe exatamente o que é baiano. Ok, você terá a sua chance aqui. Veja o título deste texto (basta o título) sobre o Ballet da Ópera Nacional de Paris (coitado, tão sofisticado...) e descubra a essência do ser baiano, the real deal of the wrong baiana. Neo Zeitgeist
O queêêê??? Ainda não ouviu 2 Many DJ's? 2002 ficaria mais triste sem esse disco. Neo Zeitgeist
Desculpe-nos pelo transtorno. Estamos com um novo sistema de atendimento para melhor servi-lo. Letreiro numa agência dos Correios. É a primeira vez na história que alguém pede desculpas por servir melhor! (e é a primeira vez que o verbo desculpar-se é usado corretamente _foi mal, mas baixou um Pasquale mala aqui. Sempre é "desculpe o transtorno". Tipo você chama o transtorno e o perdoa? Tudo bem, seu Transtorno, tá desculpado...). Sim, porque o "novo sistema" (aquele de senhas, sã?) já estava funcionando, aparentemente sem nenhum transtorno. Odeio gente que se humilha pra servir. Tipo garçom que vem quase se rastejando para avisar que não tem mais salada de frutas e pede desculpas a cada dois segundos... Neo Zeitgeist
Erro de loja interrompe viagem de hipnotizadora de frangos Uma hipnotizadora de frangos que dá a volta ao mundo de bicicleta com um circo itinerante, foi obrigada a interromper sua viagem quando uma loja escocesa que vende roupas para fins beneficentes vendeu seu veículo por engano, enquanto ela se encontrava no trocador. Cara, neguinho tá inventando assunto, não é possível! Neo Zeitgeist
Terminar o domingo sendo apresentado a raros discos 78 (década de 1940) e aos primeiros long-playing ("unbreakable long-playing microgroove") do final dos anos 40/começo dos 50 é um prazer raro. Ouvir Louis Armstrong ao vivo em 1947 numa dessas "bolachas" é incrível mesmo. Digamos que o 78 é um arquivo pesado de música e o LP é um álbum zipado. Inquebrável. Neo Zeitgeist
segunda-feira, junho 24, 2002 Pela frieza dos números, Eminem é um moleque. The Eminem Show ocupa a quinta posição no curioso ranking dos álbuns mais vendidos na primira semana do lançamento nos EUA, com 1,32 milhão de cópias _mesmo sendo pirateado à exaustão pelo menos duas semanas antes do lançamento, antecipado em duas semanas por causa disso. As primeiras quatro posições são ocupadas por 'N Sync (1° e 2° lugares), o próprio Eminem novamente (The Marshall Mathers LP) e Backstreet Boys. Estão empatados na quinta posição Marshall Mathers com o disco novo e Britney Spears (1,31 milhão de cópias de Oops!... I Did It Again em junho de 2000). Caralho, os discos mais vendidos em menos tempo nos EUA desde 1991 são álbum feitos por e para crianças. Enquanto 'N Sync, Backstreet Boys e Britney Spears fazem parte da coleção de discos de meninas bonitinhas, certinhas e bobinhas, Eminem está na prateleira de Cartman, dos moleques da última fila da sala de aula, dos revoltadinhos que gostam de palavrão pelo simples fato de ser "proibido". Mas Eminem é o mais velho dessa turma de best sellers, com 29 anos _apesar de dizer que Moby é "velho" aos 36. Um cara dessa idade acha legal falar palavrão e se vangloriar de dizer todos eles com todas as letras. Algo está errado. Ou podre. OK, os EUA são o país ideal para florescer esse tipo de aberração artística. Um lugar onde quase tudo é proibido em nome do politicamente aceitável faz com que um motherfucker soe tão violento quanto um avião derrubando um prédio alto. Mas Eminem não é inteligente o suficiente para ver isso. Ao contrário, ele reforça esse aspecto e se torna a vítima que todos querem ouvir _ele deve ter algo a dizer... Mas não tem. Ele é um dos melhores rappers que já existiu por lá. Mas é bobo. Dizer "foda-se" para a mulher do vice-presidente dos EUA e fucking bitch a cada frase é cretino e não tem nenhum traço de transgressão ou rebeldia. É o império da cretinice, onde há os cretinos obedientes e os cretinos Eminem. Antes de compor as músicas, Marshall deve sentar com o seu amiguinho e excelente produtor Dr. Dre e listar uma série de episódios e pessoas que serão malditas no disco. "Hmm... Ms. Cheney, sai Fred Durst e entra Moby, Tipper Gore, MTV, negros, tekno, misoginia em geral, "hipocrisia" branca, minha mãe e "Bush administration" etc. etc. para chocar os americanos. Sadam Hussein, Bin Laden e terroristas para engrossar o coro da classe média local, ok?" Done! "E que tal eu me colocar no lugar dos ouvintes, dizer que eu poderia ser o Eric (digamos, Maurício em inglês) e que Erica (er, Patrícia, em inglês) gosta do que faço?" Ótimo! Diga também que se, você fosse negro, não venderia metade. Uau, quanta verdade jogada na cara da White America, não? Sono, muito sono... Para dormir de vez, Superman e a relação do rapper com uma puta sendo discutida...Talvez essa rebeldia infanto-juvenil seja monótona mesmo, daí os tiros em escolas de ensino médio por lá. Eminem se torna repetitivo no seu terceiro álbum, mas ninguém não está nem aí. Mais: ele está em crise. Marshall Mathers, Slim Shady e Eminem parecem não se encaixar mais tão perfeitamente quanto antes na mesma pessoa. Ele é engolido pelo próprio ego. Sayin' Goodbye to Hollywood é sintomática nesse sentido. Mas o que interessa mesmo, seu filho da puta do caralho, é ouvir Without Me (com homenagem a Malcolm McLaren, no trecho de Buffalo Gals, e Batman), Business, Soldier e Hailie's Song, esta última uma bosta, mas interessante porque é a primeira música em que Eminem não esculhamba uma mulher, no caso, sua filha de dois anos, hahaha. Sing for the Moment é tão constrangedora quanto chata por praticamente copiar Dream On, do Aerosmith. Coisa de moleque. Moleque que acha que canta a "realidade", mas não passa de um fantoche dela; moleque que tenta fazer um show controvertido e polêmico, mas não passa de um palhaço melancólico num stand-up comedy que a capa do disco sugere; moleque cujos argumentos estão somente nos palavrões e xingamentos; moleque que não consegue vender mais do que o 'N Sync. Neo Zeitgeist
A revista só chegou hoje porque os "nossos" serviços alfandegários são ótimos e muito bem pagos. Mas a edição de junho da Jockey Slut traz na capa um orelhão da Telemar com Layo e Bushwacka! ao telefone, na praia de Ipanema. Tipo assim como assim?? Como diz a Manupe, esses ingleses são uns baianos! Neo Zeitgeist
Às vezes me perguntam por que eu odeio ou não gosto de boa parte da MPB. Pelo mesmo motivo que desprezo Celine Dion e Barbra Streisand, com o agravante de a MPB ter esse caráter eternemante folclórico-regional, que vilipendia as minhas convicções em relação ao ser humano, à vida e à arte. Obviamente, João Gilberto e Luiz Gonzaga não fazem parte de nada que citei acima. Estão além. Neo Zeitgeist
Wilson Simoninha traz o seu carisma e suingue para o palco(...) Trecho de release de uma casa noturna. Então o mesmo release deveria aconselhar a levar uma lupa (ou um telescópio) para enxergar tanto carisma e suingue. Neo Zeitgeist
Matthew Herbert é um sujeito legal. Dos sujeitos que experimentam com música eletrônica, ele faz parte do pequeno rol de artistas cujas técnicas para fazer música chamam mais atenção do que a música em si (Loop B _!_ e Matmos completam a pequena lista, hehe). Em março deste ano, ele lançou The Mechanics of Destruction, uma obra antiglobalização, anticorporação, anticapitalismo, anti-ocidente. Os nomes das músicas: Starbucks, McDonald's, Manufactured Music, Rupert Murdoch, Hollywood, Television, Marlboro and Bacardi, GM Food, Gap, Coca cola, Henry Kissinger e por aí vai. Em Rupert Murdoch, Herbert usou o jornal The Sun para fazer música (não foi inspiração, foi o jornal em papel mesmo); em McDonald's, o fritar de Big Mac, o barulho do refri pelo canudo e o som do saco de papel viraram música; em Manufactured Music, fo usado o CD do Hear'say (hahaha). Hollywood teve duas fontes de música: o DVD de Bug's Life e a fita de vídeo de Starship Troopers. Veja bem, não são os sons do DVD ou do filme, eram o disco e a fita em si que eram batidos contra o microfone, arranhados, riscados e outras coisas mais. Também conhecido como Radio Boy, nome ao qual é creditado The Mechanics of Destruction, Herbert fez desse álbum um produto "profit-free". Todas as músicas podiam ser baixadas gratuitamente do site do disco. Mas foram tantos acessos que as músicas tiveram que sair do ar (e a conta do servidor onde as músicas estavam hospedadas ficou muito cara para Herbert; eram grátis para o ouvinte, não para o músico). De qualquer forma, basta enviar uma carta com o endereço de retorno e um envolope grande o suficiente para caber um CD que o músico envia o disco para você, esteja onde estiver. Ele até paga o selo de volta. Incrível se chegar mesmo. Leia o manifesto do cara, saiba mais sobre as músicas e descubra como conseguir sua cópia de The Mechanics of Destruction em themechanicsofdestruction.org. Neo Zeitgeist
sexta-feira, junho 21, 2002 Telefone é um objeto que evito usar a todo custo, principalmente no trabalho. Recebo uma ligação agora há pouco de uma assessora qualquer: _Oi, eu queria falar com o Neo Geistzeit? (geralmente as pessoas acham que o meu sobrenome é o contrário...) _ Quem é? _ Fulana, da Assessoria X _ Sou eu, mas o meu nome é Neo Zeitgeist. _... Ahn. É que passaram como sendo Geistzeit. _Ok, normal. Do que se trata? _É sobre um concurso de atitude feminina... _Quêê?? _É, um concurso que vai eleger não só a beleza física, mas a atitude da candidata, sabe? _Não, o que é? _E vai escolher três amigas da modelo virtual da Close-Up. _Aham.... _Então queria tar convidando para você tar comparecendo no evento de premiação, será que... _ Ah, pode deixar que qualquer coisa eu entro em contato. Neo Zeitgeist
Esses ingleses são uns baianos. Manupe decreta depois de ver a capa do Mirror de hoje. Neo Zeitgeist
quinta-feira, junho 20, 2002 FC Kahuna no caminho para o trabalho não é nada mal. O clipe de Machine Says Yes também não. E, com a boca que canta aqui, nenhuma máquina teria coragem de dizer não. Neo Zeitgeist
EM JUNHO de 82, o mundo mudou para sempre. "Planet Rock" viu a luz pelas mãos de Afrika Bambaataa _então com 22 anos_ e The Soulsonic Force e o produtor Arthur Baker com samples de "Trans-Europe Express" e "Numbers", do Kraftwerk. Sintetizador e hip hop, Dusseldorf e Bronx, negro e branco, funk e Pac Man, robôs africanos; sem essa música não existiria metade do pop como é hoje. A avenida para o tecno, house e vertentes começava a ser pavimentada (Cybotron entra em cena alguns meses depois de "Planet Rock", e, bom, o resto é história) até chegar _e retornar à Alemanha_ a International DeeJay Gigolos (www.gigolo-records.de), gravadora do alemão DJ Hell, cujo numeroso elenco tem raízes fincadas nos frutos de Bambaataa com doses generosas de glamour trash. Casos de Fischerspooner (www.fischerspooner.com), grupo de 15 loucos cujo norte é a estética do bizarro com sintetizadores, e Miss Kittin & The Hacker (cujo clipe de "1982" pode ser visto no site da gravadora), dupla francesa que lançou seu primeiro disco, "The First Album", e inclui perversão sexual "sintetizada", DMX Krew (www.dmxkrew.dircon.co.uk), entre outros. Já há um festival dedicado exclusivamente ao gênero, o nova-iorquino Electroclash (www.electroclash.com), quase um subgênero em si, cuja primeira edição aconteceu em outubro passado e se pretende a antena do movimento. O planeta rock do electro completa 20 anos em 2002 com corpo novo e o espírito de sempre: provocação estranha. Publicado em janeiro de 2002. Neo Zeitgeist
Isto é que é música underground. Breves histórias de músicos e até DJ que chegam a ganhar entre US$ 60 e US$ 100 durante três horas diárias no metrô de Nova York. Em Paris, a empresa de metrô organiza concurso _bem disputado_ para selecionar as atrações do capilaríssimo metropolitan. Coisa fina, com crachá e tudo. E o resultado é uma miríade sonora embaixo da terra. Melhor do que esses palhaços que jogam fogo pra cima nos semáforos em SP. Neo Zeitgeist
A primeira regra do clube é não falar sobr o clube. Uma associação de ajuda mútua entre seus sócios. Que não querem mais saber de notoriedade. Pelo menos não a que haviam tendo até então. O clube chama-se Associação de Pagadores de Mico Anônimos. A presidente de honra é Preta Gil. Ela foi eleita depois de ligar para o SBT se oferencendo para participar da Casa dos Artistas 2, sair em um ensaio na Caras com um globo de espelhos e roupas inadequadas e ser eleita a mais malvestida de um prêmio de novelas _além, é claro, de ser filha de Gilberto Gil, mas isso é um mico desintencional, não se deve culpar as pessoas por características natas. Os demais integrantes, por motivos óbvios, não poderei revelar (ok, um deles é Luis Ricardo, ex-Bozo, atual apresentador da Tele-Sena), mas posso garantir que todos estão empenhadíssimos em reverter a imagem manchada que têm na "mídia". A primeira atitude que o novato tem que ter ao entrar no clube é se livrar da Caras. Não só das revistas guardadas em sua casa, mas da idéia de que aparecer em tal publicação é uma "ação positiva". Caras está para a PMA assim como a maconha está para os NA: é a porta de entrada de um caminho muitas vezes sem volta. Outra providência é evitar a todo custo dar entrevistas e citar a existência de seres de outro planeta, terapias alternativas de cura, abdução, chip implantado, numerologia ou qualquer coisa que o valha. A cada dia sem mencionar tais micos, o associado deve dizer ao grupo: estou há 3 meses, 20 dias e 8 horas sem falar sobre assuntos siderais e astrológicos em público. O guarda-roupa é um dos problemas mais graves de solucionar para o membro da PMA. Nem sempre ele se convence de que aquela calça jeans desfiada, com manchas e apliques de oncinha é um sinal claro de pagação de mico. Tampouco é fácil de mostrar quão mico é descolorir o cabelo, se bronzear artificialmente, fazer lipo (e espalhar isso!) e passar as férias em Bali, não sem antes posar para fotos no balcão do check-in. Os terapeutas encontram uma resistência dura nesse sentido. Um deles, que não se identificou, me disse que muitas vezes o membro da PMA não chegou a completar o colegial, o que dificulta bastante as coisas. Casamentos de apresentadores de televisão, de pagodeiros (presos ou não), cantores sertanejos e derivados devem ser evitados como o diabético foge do açúcar. São nessas ocasiões que acontecem o maior número de recaídas de um associado... E o conselho deliberativo do PMA está prestes a chegar a um veredicto em relação às pessoas que participaram de reality shows. A associação ficou dividida com o advento desses programas. Uns acreditam que quem participa desses programas deve ser tratado em outra associação, já que uma pagação de mico é considerada um ato involuntário, e essa pessoa optou, fez testes, pensou e repensou antes de atingir um dos auges da pagação de mico. Outros são mais benevolentes e acreditam que os participantes de reality shows também são seres humanos e merecem tratamento e cura iguais. Ainda não há casos de cura completa na PMA. Neo Zeitgeist
quarta-feira, junho 19, 2002 Roger tinha uma banda de rock, tipo metal, mas com "uns lances rap e meio hardcore". Roger, Andy, Paul e Chris eram todos gays. Não gays bagaceiros que acham que são glam. Gays que fazem sexo com gays, como gente normal. Eles queriam fazer um som "com conteúdo" e mostrar sensibilidade, emoção e carinho nas letras. Afinal, eles eram assim mesmo, mas não achavam que pegavam bem colocar isso numa banda de rock tipo metal até então. Mas há uns três anos tudo mudou, e todo o mundo só fala desse emo (corruptela de emossexual) como sendo a descoberta da pólvora da semana (o ano em que se encontra essa semana varia de acordo com o grau de desenvolvimento do país). Roger e sua turma estão muito felizes. Alegres mesmo, sã? Neo Zeitgeist
Tem duas coisas que eu quero deixar bem claro hoje, às 19h47: 1) Sempre que eu estiver sendo filmado, não vou sorrir. Abaixo essa palhaçada de lojas de conveniência. Não só não vou sorrir enquanto estiver sendo filmado, como não vou verificar se o "mesmo" encontra-se parado no andar. 2) Não sou amigo da Rede Globo, Galvão. Me respeite! Neo Zeitgeist
Fezes humanas podem matar coral no Caribe Que merda, hein? Neo Zeitgeist
Olha o nome da banda e do single: Barrichello - Sometimes the voices make me do bad things. Estou pasmo. Neo Zeitgeist
terça-feira, junho 18, 2002 Esse Eminem é um moleque. Volto ao assunto mais tarde. Neo Zeitgeist
Em vez de samba, suor e cerveja, vai ser rim, fígado e pulmão. Descubra qual é o enredo da Mocidade Independente para o Carnaval de 2003. INACREDITÁVEL. Neo Zeitgeist
A Globo é uma emissora ótima. Sua programação é impecável, seus locutores, um primor de competência. Como a Globo está sempre à frente, disposta a inovar e levar o que há de melhor para o brasileiro, deixo aqui sugestões para incrementar a transmissão da Copa de 2006. - Como o Zagallo terá 156 anos, não fica bem exibir um infarto ao vivo, com direito a oscilações dos batimentos cardiácos do rapaz. Vamos inovar. Zico ficará com a medição da "emoção", com o plus extra a mais de medir a quantidade de suor que sai do Galinho de Quintino durante os 90 minutos. Raul Plassmann será submetido a um ultrassom, igualmente exibido ao vivo durante as partidas do Brasil. Nos melhores momentos serão exibidos placas de raios-x do pulmão do Sócrates. Tudo em nome da emoção. Agora, para deixar tudo muito mais emocionante em termos médicos, o melhor será o aompanhamento do cérebro do Galvão Doente durante a transmissão dos jogos do Brasil. Éa Globo mostrando *todas* as emoções da Copa. Neo Zeitgeist
Só um branquinho discreto [no template] e uns jogadores gostosos [all over] Lili Whatever Neo Zeitgeist
O pai do namorado da Shakira é acusado de, entre outras coisas, lavagem de dinheiro. Então a moça lança um disco chamado Laundry Service, rara. Neo Zeitgeist
Já que os gatos italianos caíram fora, resta a seleção de Beckham e Owen ganhar do Brasil e manter o mínimo de bom gosto e beleza presente nesta Copa. Eram todos tão lindos no começo, agora são as quartas de final entre ogros. De uma amiga. Neo Zeitgeist
Na semana passada, David Bowie levou a capa do vinil de Heathen para o David Letterman. Óbvio, é maior, aparece mais na TV. DL: Isso aqui é uma edição limitada em vinil, certo? Mas isso não cabe no meu CD-player... DB: É isso aí. DL: Mas quem ainda tem vinil? DB: Sei lá, devem ser loucos. Eu pego tudo da internet, não me preocupo com formatos. Desconsiderando a autopromoção e a frase de efeito de Bowie, talvez tenha sido a primeira vez que alguém levou um vinil para divulgar seu disco num programa de TV, chamou de louco quem compra isso e disse que ouve música sem disco. In a row. Neo Zeitgeist
Primeira coisa que pula na tela quando abro o computador: Você acredita mesmo que a Itália perdeu? Não, bocó. Aquele jogo foi truque da Samsung! Neo Zeitgeist
segunda-feira, junho 17, 2002 Bem, médio, porque o pagodeiro atropelou, mas socorreu a vítima. É um caso raro... Neo Zeitgeist
Sinchronicity You can hit what you can see Antipop Consortium Neo Zeitgeist
domingo, junho 16, 2002 E o Olodum ganhou dos Cardigans. São jogos como Senegal e Suécia que fazem com que eu goste de Copas. Foi simplesmente lindo, emocionante. O time de Senegal joga o jogo mais bonito de todas as seleções deste mundial. E joga com prazer, sem espíritos belicosos. Senegal é o indie (de independente, não de fã do Weezer) do futebol, o underground que seduz o mainstream, como não se via desde Camarões-90. Nenhum jogador do país está em comerciais da Nike (portanto não há nenhum "papel" a cumprir; nenhuma expectativa em relação a eles), ninguém joga com chuteira exclusiva (ninguém é astro, o time é o mais importante), ninguém usa miocano e ninguém havia jogado uma Copa antes. Mas há Diouf, o craque que desconcerta e subverte tudo. Senegal brinca de futebol tornando literal o ludopédio, sinônimo de futebol. Diante de um gol perdido, um sorriso aberto no lugar da raiva frustrada dos europeus e sul-americanos. Depois de um gol feito, uma dança coletiva celebratória, e não solitários socos no ar e abraços de dever cumprido. É a diversão que conta. Tanto melhor se ganhar. E vão ganhar. Já ganharam. A Suécia jogou bem, não merecia estar fora, mas é do regulamento apenas um seguir. E Senegal é prazerosamente mais genuíno do que qualquer "potência" do futebol com suas táticas, regras, astros e milhões de dinheiros. No futebol, é considerado "zebra" algo inesperado, como se a mesmice (a norma, o confortável) tivesse mais graça. Como se o surpreendente fosse quase pejorativo. Ah, se a vida fosse recheda de Senegais... Allez, les lions! E foda-se o Brasil. Neo Zeitgeist
Caros senhores preocupados com o frio alheio, Vão pá porra! Enfiem esse megafone em vossos cus e parem de gritar na porta do meu prédio numa manhã de domingo! É muito foda morar num lugar pobre, porque há pessoas que não têm grana para comprar moleton. Ok, coisas tristes da vida. Mas essa buceta de campanha do agasalho do caralho não pode invadir a minha casa, com berros de uma voz irritante, pedindo para jogar roupa pela janela! E isso ainda conta com o apoio da CET. É o fim. Pelo menos fiz a minha parte: acenei com o dedo médio da minha janela de onde gritava "agasalho de cu é rola!" pra cada senhorinha que vinha olhando para cima, com um saco plástico para receber a porra da roupa. E pra que agasalho nesse frio de 25 graus? Neo Zeitgeist
sexta-feira, junho 14, 2002 Então eu vou contar os meus maiores segredos, coisas que nem Miss Understood, nem os meus pais, nem os meus melhores amigos sabem. É o meu âmago exposto como nunca. Lembre-se: eu vou revelar a commodity mais valiosa do showbiz, a minha intimidade. Vamos lá: Neo Zeitgeist
Right Thing e You Can't Go Home Again, DJ Shadow. Neo Zeitgeist
Junte sete seres mogwai (não a banda, mas aquele bichinho que foi batizado de Gizmo em Gremlins) depois de cair numa piscina de água. Agora adicione boas doses de punk e hardcore bem tosco. Mexa na fervura e tempere com Mamonas Assassinas e Marilyn Manson. Escorra o caldo. Deixe essa massa disforme assar num sex shop pernambucano durante 20 anos e jogue tudo no largo do Arouche. Ensine a gosto esses gremlins a falar putaria, usar paus de borracha, meias arrastão, fio dental, peruca e maquiagem trash. Pronto. Pode apreciar os Textículos de Mary. Neo Zeitgeist
quinta-feira, junho 13, 2002 Na primeira semana de lançamento nos EUA, The Private Press, do DJ Shadow, vendeu 25.000 cópias. Neo Zeitgeist
Eu acho que a polícia vai encontrar uns 820 corpos na favela antes de encontrar o corpo do Tim Lopes. E você? Quantos corpos você acha que a excelente polícia carioca vai desenterrar antes de encontrar o corpinho que está de fato procurando? Será que ela acha antes do próximo Fantástico? Ficaí a questã... @@@@@@@@@@@ Por falar em questã, ficaí uma outra: a de que a Rede Globo tem culpa na morte do jornalista. Afinal, o cara estava naquele fim de mundo enviado pela emissora sem nenhuma retaguarda. Foi acidente de trabalho do qual a empregadora é culpada. Ele não estava lá se divertindo e a Globo tinha a obrigação de saber exatamente para onde o repórter tinha ido, qual era a pauta, qual era a previsão de retorno dele à redação e, principalmente, fazer com que ele voltasse de *qualquer* maneira. Ele estava fazendo um trabalho que nem a polícia tem coragem/competência de fazer e não tinha nenhum suporte por parte da Globo. Era um correspondente de guerra sem ao menos um capacete, um telefone, nada. A Globo é conivente com a morte do cara. Basta ver as "homenagens" a Tim Lopes que estão sendo exibidas à exaustão. Um simples pedido de desculpas, como diz uma amiga minha. Pedido que não deve ser aceito, claro. Neo Zeitgeist
Estou torcendo desde já para que a seleção brasileira leve uma goleada nas oitavas, volte "humilhada" e deixe os apresentadores da Globo com cara de Galvão Doente para sempre. Demorou a fase classificatória para eu perceber que o time inteiro mais o técnico Scolari fazem parte do quadro de artistas da emissora. É constrangedor ver programas com participação de jogadores e técnico em conversas informais e über-ufanistas com o cheerleader da classe média, como se estivessem num boteco do centro da cidade. São tapinhas nas costas, piadinhas lisonjeiras, aquele sorriso irritante tatuado na cara desse locutorzinho depois de mais uma vitória do time, tudo como num quadro do Faustão. É por isso que aquela mãe de trigêmeos, o Galvão Doente e a Ana Paula Peidão falam sempre em "nossa seleção", "nossos jogadores", "nosso técnico". Nossos????? Meu, não, nêga! São da Globo! E vá pá porra! Neo Zeitgeist
O nome do disco do Fuxico deveria ser Respeitem os Meus Pentelhos, Negros. Neo Zeitgeist
quarta-feira, junho 12, 2002 Então o aborígene Fuxico César lança um disco (desnecessário sob qualquer aspecto) e pede que eu, branquíssimo, respeite aqueles pentelhos que ele chama de cabelo??? Se você é preto, não faça disso um problema, porque não é. Se for, o racista é você próprio. E pedir atenção para a sua negritude é ridículo. É a vitimização mais imbecil que existe. E *jamais* faça vitimizações com piadinhas semânticas, putaqueopariu! E vai cantar direito, né, meu filho. Ou melhor: volta pra ser revisor da Vejinha que o Brasil ganha mais. Neo Zeitgeist
I'm fully confident that copyright, for instance, will no longer exist in 10 years, and authorship and intellectual property is in for such a bashing David Bowie Não só por isso, mas por muito do que está aqui. Neo Zeitgeist
terça-feira, junho 11, 2002 O site d'Ela estreou. Dê um site novo da Madonna para a sua namorada Neo Zeitgeist
Então é chegado o tal dia dos namorados. E nos dias que o antecedem há uma profusão de calcinhas e sutiãs como sugestões de presentes adequados para marcar a data. Mas peraí. Você já ganhou uma calçola de presente do seu namorado? E achou isso romântico ou sexy? Você tem problemas, minha querida. As calcinhas sugeridas pelos reclames são vermelhas ou pretas e são bem, ahn, sexies _se renda e fio dental forem mesmo sinônimos de sensualidade... E as modelas estão praticamente gozando, com boca vermelha que quase sai do vídeo/página. Existe coisa mais broxa do que isso? Porque imagine você, apaixonado pelo seu brotinho, presenteando-a com um pacote de roupa íntima. E deixando bem claro que você quer comê-la naquele dia mesmo. Então, deixe-me ver se entendi direito. O namorado paga o mico de ir a essas lojas cor-de-rosa, compra um sutiã e uma calçola, dá pra namorada, faz cara de sedutor e espera que ela vista para logo em seguida ele tirar as peças? Tem alguma coisa errada nisso tudo. Assim como é esquisito a superlotação dos motéis nesse dia _não é esquisito, é nojento mesmo. Imagine então você pegar fila no motel para comer a sua namorada que está usando calçola nova e, aham, sexy. Só falta ouvir um Lionel Ritchie no carro antes disso tudo! Neo Zeitgeist
segunda-feira, junho 10, 2002 Now this looks like a job to me So everybody just follow me Cuz we need a little controversy Cuz it feels so empty without me Neo Zeit...ops, Eminem Hehe. Neo Zeitgeist
No news is good news A única "notícia" da seção homônima no site do Death by Chocolate Neo Zeitgeist
sexta-feira, junho 07, 2002 O Incrível Hulk. Neo Zeitgeist
Depois de ouvir The Eminem Show, tenho vontade de sair por aí, pichando xingamentos nas áreas de comentários dos blogs que eu vir por aí. Não importam que posts sejam, fodam-se. O que vale é o terror. "Comment" vai ser a senha para a destruição virtual. Neo Zeitgeist
A trilha de Banana Split, desenho que nem vi muito, mas, como diz uma amiga queridíssima, "as imagens pareciam tão divertidas. Devia ser muito, muito legal estar lá com eles". Barry White e Ritchie Adams para crianças psicodélicas. Neo Zeitgeist
quinta-feira, junho 06, 2002 Without Me, Eminem. Você conhece alguém que rime melhor do que esse moço? Neo Zeitgeist
Olha, que saber? Vá se foder! Vá tomar no meio do cu! Enfia essa boceta arrombada cheia de piercings num tridente e roda! Quero que esse filho da puta exploda junto com aqueles judeus viados em atentado suicida desses palestinos baianos cheios de pano. Aliás, já reparou que onde tem gente enrolada em pano tem merda, guerra, atentado, o caralho? Vão todos se foder. Tomara que esses indianos explodam uma bomba nuclear e afundem aquela parte do planeta de quem ninguém precisa mesmo. E o melhor: são os próprios animais enrolados em panos e cheios de fé em alguma bosta de religião que vão se matar. Matem-se todos! E continuem crendo em qualquer porra de deus! Ele vai te salvar, ignorante filho de uma quenga! Continue dando o seu dinheiro pra essas piranhas de igreja de menos de 20 anos de idade. Essas prostitutas com laquê querem o seu dinheiro sem esforço. Dê todo o seu dinheiro que você ganha trabalhando pra essa puta. Quem precisa de ladrão num mundo cheio de ignorante retardado? Só essa raça pra pagar dízimo, ir a templos, rezar de olho fechado e enriquecer putas e cafetões da fé. Essa corja merece continuar pobre até o dia em que morrerão explodidas pela turma que acredita em outro deus, que paga pra outra puta, que segue outros rituais imbecis e milenares. Vocês são o rewind da humanidade. Morram, judeus. Morram, palestinos. Morram, evangélicos. Morram, católicos. Melhor: matem-se! Vocês são estúpidos o suficiente para isso. Morram todos e morram rápido. GET OUT OF MY WAY! E não deixem *ninguém* para lamentar as suas mortes e fazer disso outro objeto de culto e devoção. Ai, tô mais leve.... Neo Zeitgeist
quarta-feira, junho 05, 2002 Guimp, o menor site do mundo. Neo Zeitgeist
DJ Spark Neo Zeitgeist
terça-feira, junho 04, 2002 Hoje saiu um dos possíveis melhores discos do ano, The Private Press, de DJ Shadow. Enquanto isso, veja e ouça o cara no site da Les Inrocks. Neo Zeitgeist
Já ouviu I'm a Woman, novo single do próximo disco do Cassius que sai em setembro? Hmm, não sei não... Meio Martha Wash, saca? Neo Zeitgeist
Nos últimos dias tenho visto mais futebol do que nos últimos quatro anos somados. E isso implica efeitos colaterias. Por exemplo, estou achando que o Billy Cristal está fazendo reportagens para a Globo no lugar do Ernesto Paglia. Neo Zeitgeist
O desfile do Jubileu de Ouro da rainha Isabel ao vivo. Está ótimo. A rainha acenando pras motocas dos Hell's Angels, Twist and Shout, Bee Gees, Spice Girls e muita diversão e música típica local, diante do palácio de Buckingham. O desfile é divido por décadas, desde os anos 50, com carros alegóricos e performances lembram os respectivos períodos. @@@@@@@@@@@@ Ontem, a nata dos músicos mais perigosos do mundo se apresentaram nos jardins do palácio: Brian May, Phil Collins, Eric Clapton, Ricky Martin e Paul McCartney. Só ídolos de psicopata, só a galera de trilha de motel. E tinha também Ozzy Osbourne, convidado que destoa dos demais por nunca ter sido admirado por ninguém que usa calça cáqui. Neo Zeitgeist
segunda-feira, junho 03, 2002 A Folha de hoje está ótema. Diz lá em sua seção de notícias internacionais que 'Referendo legaliza aborto na Suíça'. Até aí, notícia banal. Mas a linha fina arranca gargalhadas matinais: Proposta que autoriza mães a interromper gravidez até 12º mês de gestação é aprovada com 72,2% dos votos Interromper uma gravdiez no 12º mês é uma tarefa exclusiva das mulheres suíças. Sim, porque é sabido que as gestações suíças duram em média 36 meses. Não há pressa em parir na Confederação Helvética. No 12º mês, a criança já possui dentes, anda na barriga da mãe e já tem até festa de aniversário indoor, por assim dizer. Mas nada disso é motivo para deixar a suiçinha viva dentro da barriga da mãe. Neo Zeitgeist
_Então, pai, no dia 5 completo 1 ano sem fumar. _Todos os cigarros? _Não, né, pai. Só os mais frequentes, hehehe. _... Neo Zeitgeist
Tadinha da Caetana... Roubaram todo o equipamento e cenário do show que a baiana iria fazer em Caracas. Peço aos amigos e familiares da Caetana que fiquem tranquilos e tenham fé: os ladrões vão perceber que aquilo não serve pra nada mesmo e vão devolver. Até ladrão carioca já devolveu! Neo Zeitgeist
Olha que coisa mais erótica. Não é porque a banda se chama Kiss que há sensualidade nisso, minha gente! Neo Zeitgeist
Galvão Bueno é o cheerleader da classe média. Neo Zeitgeist
A Copa começou, quase todos os times já jogaram (ou todos?) e daqui a pouco haverá alguma matéria de moda que será mais ou menos assim: Tô passada com o uniforme da Itália! É tudo, bi. Stretch é supertendência, em contraponto às camisolas furadinhas da Nike que veste a Seleção Brasileira. A camisa da Itália, da marca hype com duas pessoas encostadas de costas em si, é confortável, supersexy e revisita os anos 30, da pré-história da Copa. E ainda veste aqueles italianos, ai ai... Os camaroneses parecem que também estão superligados nos fashionistas e tentaram customizar a camisa, mas foram vetados pela Fifa. Que uó! E os cabelos? Moicano é tudo e é tendência hype. Principalmente com o deus David Beckham e aquele sueco que pintou o moicano de vermelho. A Argentina mantém o tradicional cabelón, presos com faixas e pelos próprios cabelos em forma de trança customizada. Mas os italianos fazem jus à elegância e ensebaram os cabelos para ficarem hype e práticos ao mesmo tempo. Mas nada como a criatividade africana da Nigéria, com a xuquinha à la Keith Flint _verde e branco, superpatriota. Tendência! Neo Zeitgeist
Não faço nem morto: Neo Zeitgeist
domingo, junho 02, 2002 Em retrospecto, 18 é um disco coerente com que Moby produziu até hoje. Ele já havia avisado que "I Like to Score" em 97. Mas foi com Play (2000) que ele realmente "scored" _em todos os sentidos, em todas as mídias. Foram mais de 10 milhões de discos até hoje, marca que poucos alcançam, marca jamais alcançada por nenhum DJ. Todas as 18 músicas vendidas mais de uma vez para qualquer coisa: comerciais da Gap, trilha de games, de filmes. Um feito almejado por artistas mainstream e conquistado quase ao acaso por Moby, sujeito cheio de idiossincrasias, religioso, feio e agora "odiado" por Eminem _isso é prova indelével de estrelato. 18 é a ressaca desses 10 milhões. 18 leva esse nome, segundo Moby, porque tem 18 músicas. Sobraram outras 132 produzidas na casa dele ou durante a turnê de Play, que também tinha 18 músicas... (Imagine que Moby morra. Durante uns 20 anos haverá lançamentos de músicas inéditas dele.) Ex-marxista, ainda vegan e amante de cristo e dance music na mesma medida, o produtor norte-americano diz ter ficado menos "fundamentalista" em seus conceitos e crenças, principalmente depois de 11/9. Nesse sentido, essa "maturidade" é quase um pedido de desculpas por Everything Is Wrong (1995), claramente presunçoso e um fracasso completo. Ele tinha certeza de que estava certo em tudo no seu primeiro disco em uma gravadora grande, Elektra, o E da WEA. Moby era um chato reaça do cacete. E sua música refletia esse pedantismo ideológico. O fundo do poço foi o intragável Animal Rights (1996), uma porra de um disco que pretendia ser punk e defender os animais ao mesmo tempo. Um duplo horror, esquizo. Essa esquizofrenia era entendida como genialidade por alguns e pelo próprio Moby. Isso não foi bom. O adeus à Elektra se deu com o seguinte I Like to Score (gosto de acertar, gosto de fazer trilhas, gosto de gozar, entenda como quiser), com canções para James Bond e outros filmes imaginários. Play levou a carinha de Richard Melville Hall para outdoors gigantes em Nova York. Você viu a cara dele muito mais vezes de 2000 para cá. Hmmm, o tal rosto da música sem rosto? Isso é papo furadíssimo, retórica de jornalista que não tem o que dizer (ai, telhado de vidro, não quebre, plis...). Comercialmente, Play é um disco sem escrúpulos _e é justamente em relação ao dinheiro que escrúpulos são mais considerados; musicalmente, é rico, cheio de camadas interessantes, spirituals e tekno, blues sintetizado, hip hop reformulado etc. A capa de 18 é ainda mais ridícula que a de Play. Mas pela primeira vez uma música de Moby vem com um generoso We no título, e não I, My, Mine etc. We Are All Made of Stars, o primeiro single, uma das músicas mais hippies que Moby já fez e talvez a mais flower power do ano. A versão "downtempo" do single de remixes é melhor que a original. Timo Maas tentou melhorar e conseguiu de modo relativo. O disco é emocionante. De alguma maneira remete a pessoas de quem sentimos falta, a situações que aconteceram depois de um bom momento com alguém (despedida, viagem, morte). Por algum motivo _e Moby sabe o que é isso e o manipula bem_, 18 leva à intrsopecção e não é para ser ouvido às pressas. Esqueça um Play 2. Fique em Pause por momentos. Feito depois de ouvir centenas de discos e samplear igual número de trechos de músicas dos mais diversos gêneros, 18 não soa megalômano. In This World e In My Heart seguem em mantras gospel, evocando o tal Lord. Essa compulsão gospel norteia todo o disco, como se o fantasma de Why Does My Heart Feel So Bad? nunca tivesse ido embora, especialmente em One of These Mornings e Sunday (The Day Before My Birthday). "I fly so high, then I fall so low", em Signs of Love, seria um escudo diante de um futuro fracasso? Uma revisão de valores? Ou simplesmente um trecho de uma bela canção de amor? Essa delicadeza permanece em Another Woman. Seria elegante se não fosse gospel. Extreme Ways e Jam for the Ladies (com Angie Stone) são os pontos altos do álbum. A primeira é cantada pelo próprio Sr. Hall e, como ele dissera ao NYT, é "para ser ouvida durante uma viagem de trem", olhando para a janela, pensando em nada, sentindo falta de alguma coisa. Porra! Jam for the Ladies é Honey com mais soul e mais sexo, ainda que bem pouquinho. Para cantar o resto do dia numa boa. Um contraponto à faixa-título e seu piano melancólico e seus climas de despedida (mais uma vez). Muito de 11 de setembro está em 18. Moby mudou. Ficou mais econômico e mais preciso. Ficou menos grandioso e menos arrogante, está ouvindo e debatendo mais com os leitores de moby.com. 18 é um passo para o lado menos óbvio do estrelato. Esse não é um disco que vai vender muito, apesar de ter estreado no número 4 na parada da Billboard, apesar de o DJ ter sido alvo do nervosinho Eminem em seu novo disco. Melhor que não venda mesmo. Comercializar as faixas de Play por mais de US$ 1 milhão deve ter sido divertido para um cristão, vegan e ex-marxista, mas não é isso que importa. 18 é um disco contra a intolerância. Isso é tão certo quanto alguns clichês inerentes a essa "causa" onipresente no álbum (como Harbour, com Sinead O'Connor) e no mundo desde o 11 de setembro. O mesmo dia em que Moby faz aniversário. Feliz 18 para você. Neo Zeitgeist
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Let's get unconscious |
